SEMANA CULTURAL
Etimologia
Os primeiros
documentos que tratam da região apresentam denominações diferentes para o
lugar. Os nomes mais frequentes são "Itanhama" ou
"Tabaiana". A forma Itabaiana parece ter se definido no século XVII.
Os holandeses,
de quem não se poderia esperar uma grafia muito correta, registraram a forma
"Itapuna". A tradição tem uma versão popular demais para ser aceita
por eruditos:
"Havia uma índia
chamada Ita, vinda da província da Bahia. Quando ela dançava o povo explodia de
entusiasmo: Ita, a baiana! Ita, a baiana!"
Para o historiador
itabaianense Vladimir Souza Carvalho, o nome Itabaiana está historicamente
ligado à sua serra, que tem o mesmo nome.
O termo Itabaiana,
nome indígena,
é o resultado da união dos sufixos "Ita" que significa pedra (a pedra
é serra), "Taba" que significa aldeia (taba indígena), e
"Oane" que significa alguém. Da junção dos três vocábulos,
surgiu o nome Itabaiana, pela assimilação dos mesmos. Sendo assim, Itabaiana
significa: Naquela serra tem uma aldeia, onde mora gente, naquela
aldeia mora alguém. Porém, segundo o poeta da época, Manoel Passos de
Oliveira Teles não acreditava na tradição. Por isso, fez um poema referindo-se
à lenda do surgimento da serra de Itabaiana. Numa lenda indígena, havia
um cacique castigado
por Tupã que
transformou seu corpo na Serra que posteriormente recebeu o nome de Itabaiana.
Do sangue que jorrava do seu corpo, nasceu o rio Cotinguiba.
Abaixo, uma parte do
longo poema:
Das pedras do
caminho, foi à taba,
Do orgulhoso cacique, enfurecido,
Arrogante, quebrando a Lei antiga,
A santa Lei da hospitalidade,
Nunca farto de guerra, avesso à paz,
O velho injuriou com requintada,
Com alvar e feroz descarteza,
Negou-lhe água da fonte cristalina;
Negou-lhe caça morta, havia pouco;
Negou-lhe amiga rede de repouso.
Então do velho a forma vai mudando
Pouco a pouco. Relutam novas cores
E traços novos. Foge-lhe a figura.
Do orgulhoso cacique, enfurecido,
Arrogante, quebrando a Lei antiga,
A santa Lei da hospitalidade,
Nunca farto de guerra, avesso à paz,
O velho injuriou com requintada,
Com alvar e feroz descarteza,
Negou-lhe água da fonte cristalina;
Negou-lhe caça morta, havia pouco;
Negou-lhe amiga rede de repouso.
Então do velho a forma vai mudando
Pouco a pouco. Relutam novas cores
E traços novos. Foge-lhe a figura.
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