Fábricas de sabão poluem Itabaiana
O crime ambiental está exposto, bem ali a céu aberto, na rodovia estadual SE104, que liga os
municípios de Itabaiana e Campo do Brito. O mau cheiro logo denuncia, numa tentativa de pedir socorro a quem passa pelo trecho. Uma parada no acostamento e o flagrante é feito. Os buracos no meio do mato apontam para os locais do delito e lá estão: restos de sebo de boi jogados na vegetação, poluindo o lençol freático e, consequentemente, causando danos aos rios e represas próximos. Porém, esse é apenas o início de uma investigação que parece não ter fim. Quem será o culpado? A Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema/SE) recebe a denúncia do JORNAL DA CIDADE e começa a trabalhar revisitando antigas fábricas de sabão instaladas no município de Itabaiana sem a licença ambiental e que, na época, foram autuadas e fechadas. Mas, nenhuma pista do responsável, ou melhor, do irresponsável. As indústrias não estavam funcionando, inclusive uma delas estava demolida.
As buscas continuaram e, de repente, o esperado. A proprietária Maria Crisália dos Santos, 54 anos, é descoberta utilizando matéria prima sebo extraída do cozimento in natura de carnes verdes de abates em matadouros. Entretanto, dessa vez ela é flagrada apenas com uma fábrica artesanal e rudimentar que trabalha no derretimento do sebo. Dessa vez? Isso mesmo. Ela já havia sido autuada pela Adema em 2005, quando a fábrica funcionava na cidade, em área restritamente residencial, fabricando sabão sem licenciamento ambiental e municipal. Na época, sem condições financeiras de se adequar as normas ambientais, Crisália optou por se esconder da fiscalização. Ela fechou a indústria na cidade e reabriu no povoado Caraíbas. Por quase quatro anos, a proprietária conseguiu se ocultar. \"Eu dependo desse serviço e não podia ficar parada. Na verdade, toda a minha família tem o seu ganha pão dessa atividade. Sou viúva e comando tudo sozinha. Já são mais de 30 anos fabricando sabão. Não tenho nenhuma outra fonte de renda e só aprendi a fazer isso\".
municípios de Itabaiana e Campo do Brito. O mau cheiro logo denuncia, numa tentativa de pedir socorro a quem passa pelo trecho. Uma parada no acostamento e o flagrante é feito. Os buracos no meio do mato apontam para os locais do delito e lá estão: restos de sebo de boi jogados na vegetação, poluindo o lençol freático e, consequentemente, causando danos aos rios e represas próximos. Porém, esse é apenas o início de uma investigação que parece não ter fim. Quem será o culpado? A Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema/SE) recebe a denúncia do JORNAL DA CIDADE e começa a trabalhar revisitando antigas fábricas de sabão instaladas no município de Itabaiana sem a licença ambiental e que, na época, foram autuadas e fechadas. Mas, nenhuma pista do responsável, ou melhor, do irresponsável. As indústrias não estavam funcionando, inclusive uma delas estava demolida.
As buscas continuaram e, de repente, o esperado. A proprietária Maria Crisália dos Santos, 54 anos, é descoberta utilizando matéria prima sebo extraída do cozimento in natura de carnes verdes de abates em matadouros. Entretanto, dessa vez ela é flagrada apenas com uma fábrica artesanal e rudimentar que trabalha no derretimento do sebo. Dessa vez? Isso mesmo. Ela já havia sido autuada pela Adema em 2005, quando a fábrica funcionava na cidade, em área restritamente residencial, fabricando sabão sem licenciamento ambiental e municipal. Na época, sem condições financeiras de se adequar as normas ambientais, Crisália optou por se esconder da fiscalização. Ela fechou a indústria na cidade e reabriu no povoado Caraíbas. Por quase quatro anos, a proprietária conseguiu se ocultar. \"Eu dependo desse serviço e não podia ficar parada. Na verdade, toda a minha família tem o seu ganha pão dessa atividade. Sou viúva e comando tudo sozinha. Já são mais de 30 anos fabricando sabão. Não tenho nenhuma outra fonte de renda e só aprendi a fazer isso\".
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